terça-feira, 25 de agosto de 2015

EXISTE VIDA APÓS O PARTO?

No ventre de uma mãe havia dois bebês. Um perguntou ao outro:
"Vc acredita em vida após o parto?"
O outro respondeu: "É claro. Tem que haver algo após o parto. Talvez nós estejamos aqui para nos preparar para o que virá mais tarde."
"Bobagem", disse o primeiro. "Não há vida após o parto. Que tipo de vida seria esta?"
O segundo disse: "Eu não sei, mas haverá mais luz do que aqui. Talvez nós poderemos andar com as nossas próprias pernas e comer com nossas bocas. Talvez teremos outros sentidos que não podemos entender agora."
O primeiro retrucou: "Isto é um absurdo. Andar é impossível. E comer com a boca!? Ridículo! O cordão umbilical nos fornece nutrição e tudo o mais de que precisamos.O cordão umbilical é muito curto. A vida após o parto está fora de cogitação."
O segundo insistiu: "Bem, eu acho que há alguma coisa e talvez seja diferente do que é aqui. Talvez a gente não vá mais precisar deste tubo físico."
O primeiro contestou: "Bobagem, e além disso, se há realmente vida após o parto, então, por que ninguém jamais voltou de lá? O parto é o fim da vida e no pós-parto não há nada além de escuridão, silêncio e esquecimento. Ele não nos levará a lugar nenhum."
"Bem, eu não sei", disse o segundo, " mas certamente vamos encontrar a Mamãe e ela vai cuidar de nós."
O primeiro respondeu: " Mamãe, vc realmente acredita em Mamãe? Isto é ridículo. Se a Mamãe existe, então, onde ela está agora?"
O segundo disse: "Ela está ao nosso redor. Estamos cercados por ela. Nós somos dela. É nela que vivemos. Sem ela este mundo não seria e não poderia existir."
Disse o primeiro:" Bem, eu não posso vê-la, então, é lógico que ela não existe."
Ao que o segundo respondeu: " Às vezes, quando vc está em silêncio, se vc se concentrar e realmente ouvir, vc poderá perceber a presença dela e ouvir sua voz amorosa lá de cima."
Este foi o modo pelo qual um escritor húngaro explicou a existência de Deus

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

CERCAS OU PONTES

Esta uma REFLEXÃO para a semana, onde nós ao pararmos para ler e refletir possamos melhorar a nossa vida, o nosso relacionamento para com todos.

CERCAS OU PONTES

   Eram dois irmãos; irmãos para os bons e os maus momentos. Brincavam juntos na infância, frequentaram a mesma escola, a mesma igreja e as mesmas festas. Namoraram e casaram com duas irmãs e se instalaram em fazendas vizinhas. Vieram os filhos e as duas famílias eram uma só família, as duas fazendas, uma só fazenda. Batizaram um o primeiro filho do outro. A harmonia era perfeita e as duas fazendas prosperaram. Símbolo da fartura e da bênção, um riacho unia as duas propriedades.
  Um dia ocorreu uma desavença entre eles. Coisa insignificante. Mas não houve conserto e a amizade de tantos anos desapareceu, e com ela perdeu-se a alegria. Nada mais fazia sentido, senão o ódio recíproco entre os irmãos. E o ressentimento tomou conta do coração de todos, não respeitando irmãos, cunhadas, sobrinhos, padrinhos e afilhados.
  Numa manhã, um carpinteiro bateu à porta do irmão mais velho com uma caixa de ferramentas na mão. Estava à procura de trabalho. O fazendeiro disse que tinha trabalho para muitos dias: ¨Vê aquela fazenda além do riacho? É do meu vizinho, Ou melhor dizendo, do meu irmão mais novo. Brigamos e não mais posso suportá-lo. Vê aquela pilha de lenha e rolos de arame no celeiro? Quero que construa uma cerca bem alta ao longo do rio para que não precise vê-lo. No celeiro existem pregos, martelo e todo o material necessário¨.
   Como precisasse ir à cidade, o irmão mais velho ajudou o carpinteiro a encontrar material, deu instruções precisas sobre a direção e altura da cerca e partiu. Regressando à noitinha, lá estava o carpinteiro, em frente da casa. Surpreendentemente, havia terminado o trabalho. O fazendeiro encheu-se de raiva: ¨Você é muito insolente! Mandei construir uma cerca e você fez uma ponte...¨.
  Estava ainda esbravejando contra o carpinteiro quando viu o irmão mais novo, sorridente, com os braços abertos atravessando a ponte e clamando: ¨Mano, esperei tanto tempo por este dia...¨. e após um instante de constrangimento, os irmãos se abraçaram e as lágrimas que correram de seus olhos reduziram a pó o ressentimento de tantos anos. Depois vieram as esposas e os filhos, e as lágrimas purificaram aquele recíproco ato penitencial. Emocionado, o irmão mais velho pediu ao carpinteiro, que estava partindo: ¨Espere, fique conosco, fique para a festa da reconciliação¨. Mas o carpinteiro esclareceu: ¨Adoraria ficar, mas tenho muitas outras pontes para construir...¨.
   Nosso mundo tem cercas demais e pontes de menos. Rupturas, desentendimentos, incompreensões...Ofensas tendem a se perpetuar entre irmãos, casais, comunidade, nações...E com o passar dos anos, a  separação aumenta e novas cercas são construídas. E com as cercas, desaparece a alegria de viver. E muitas vezes essas rupturas se tornam definitivas.
  É preciso que alguém tome a iniciativa de construir uma ponte. Quem? Não importa quem é o culpado, quem começou a desavença. A responsabilidade de construir a ponte é de todos. Certamente, a iniciativa será do mais inteligente.