sábado, 13 de agosto de 2016

Como apagar suas conversas no WhastApp sem deixar rastros

Criptografia total: privacidade impossível ou garantia de segurança?

  • Criptografia total: privacidade impossível ou garantia de segurança?
Jonathan Zdziarski, especialista em segurança digital do sistema iOS, desencadeou uma pequena tempestade ao fazer um comentário sobre o WhatsApp, um dos serviços de mensagens mais populares do mundo, com mais de 1 bilhão de usuários ativos por mês.
"Lamento amigos, mas enquanto os especialistas dizem que a criptografia funciona no WhatsApp, parece que a versão mais recente do app deixa um rastro forense de todas as suas conversas, inclusive depois que você as apagou, limpou ou arquivou... Mesmo se você escolher 'apagar todas as conversas'. Na verdade, a única forma de apagá-las parece ser apagar o app completamente."
A preservação da privacidade é um dos aspectos mais importantes para serviços de mensagem como o WhatsApp. Há pouco tempo, o aplicativo era considerado um dos menos seguros.
Mas, em abril, o WhatsApp introduziu uma mudança semanas depois que o FBI pediu à Apple acesso a dados de um iPhone em um caso que estava investigando.
"Temos o orgulho de anunciar que conseguimos um desenvolvimento tecnológico que faz com que o WhatsApp se transforme em líder na proteção de sua comunicação particular: a criptografia de ponta a ponta", informou a empresa na época da implantação da criptografia.
"Nem o WhatsApp e nem terceiros podem ler ou escutar as mensagens e chamadas", dizia uma mensagem que os usuários do app começaram a receber.
Diante da investigação de Zdziarski, muitas pessoas disseram que a criptografia do WhatsApp era um "mito" ou até uma "mentira".
Até agora, o app não respondeu às alegações de Zdziarski.
Mas, afinal, quem está certo?

'Reconstrução' da mensagem

Zdziarski afirma que o WhatsApp "não parece estar tentando preservar dados intencionalmente".
Mas, segundo sua pesquisa, feita em iPhones - sua especialidade -, "o registro não é eliminado nem apagado da base de dados, o que deixa um artefato forense que pode ser recuperado e reconstruído em sua forma original".
Na prática, isto significa que os rastros da mensagem ficam no telefone.
"A comunicação efêmera não é efêmera no disco", alertou o especialista.
Por isso "as autoridades podem, potencialmente, emitir uma ordem exigindo que a Apple obtenha seus registros de conversas, que podem incluir mensagens apagadas", mas salvas na nuvem. Ou até reconstruir estas mensagens a partir da informação encontrada no telefone.
E este problema não é exclusivo do WhatsApp.
"Em tese a criptografia total, seja relativa a aplicativos de mensagens ou outro tipo de comunicação, é completamente segura e capaz de proteger a segurança de quem está usando", explicou à BBC Mundo Lee Munson, pesquisador de segurança do site Comparitech.com.
"No entanto, na prática, o problema é que a criptografia total só é uma frase para descrever operações matemáticas complexas muito difíceis de decifrar (...). Mas a possibilidade de conseguir isso aumenta com o tempo."
As mensagens que ficam no telefone ou no computador são as que representam o maior risco, de acordo com Richard Cassidy, especialista em cibersegurança na empresa Alert Logic.
"Sem entrar na questão das pessoas que podem ter acesso ao seu telefone ou computador usando técnicas maliciosas, se você apagar as conversas, vai deixar rastros que podem ser recuperados com as ferramentas de busca corretas", disse.
O especialista esclarece que a criptografia tornará tudo mais difícil, mas não impossível. E, infelizmente, as soluções para os telefones são comparativamente menos eficazes do que as voltadas para computadores.

Solução perfeita?

Tudo indica que não existe uma solução perfeita para este problema.
Lee Munso diz que a solução do WhatsApp em matéria de segurança, a princípio, "é suficientemente boa para o consumidor típico".
"Quem está preocupado deve garantir que seus equipamentos sejam suficientemente seguros. Isto significa senhas fortes e evitar sistemas de autenticação que se baseiem em aspectos biométricos", recomendou.
Zdziarki tem algumas recomendações para os donos de iPhone. Uma delas é usar o iTunes para estabelecer uma senha de backup grande e complexa.
Outra é desabilitar os backups na nuvem.
E, de vez em quando, delete o WhatsApp do telefone e o reinstale para limpar a base de dados.
"Esta parece ser a única forma de apagar os registros e recomeçar", disse o especialista.
No entanto, é bom não confiar totalmente nem nestas medidas.
"As pessoas que usam este tipo de app devem entender que qualquer criptografia pode ser decifrada", alertou Stephen Gates, chefe de investigação de inteligência da empresa NSFOCUS.
"Não existe criptografia à prova de balas, apenas 'criptografia mais forte'."

Fonte: http://tecnologia.uol.com.br/noticias/bbc/2016/08/11/como-apagar-suas-conversas-no-whastapp-sem-deixar-rastros.htm?cmpid=tw-uolnot

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Vaso Sanitário


História


Nas cidades greco-romanas da antiguidade, os espaços sanitários públicos eram sempre em forma de bancos conjuntos. Nestes não havia compartições individuais. Em frente ao banco sanitário público passava sempre um pequeno córrego ou uma vala de água que era para os usuários fazerem as suas abluções.
No século XVI, famílias mais abastadas tinham cadeiras de madeira que em seu interior colocava-se um recipiente para a coleta dos dejetos. No ano de 1596, o poeta inglês John Harington descreveu aquilo que seria hoje o vaso sanitário "moderno", com descarga (ou autoclismo) e em 1778, Joseph Bramah melhorou o invento de Harington.
Em 1739, em Paris, foi criado o primeiro banheiro público com divisão por sexo e em 1885, Thomas Twyford lançou os primeiros vasos sanitários de porcelana e substituíram as peças de madeira.
Vasos com sifão foram lançados no final do seculo XIX e no século XX, popularizaram o uso de banheiros dentro das residências com vasos sanitários.
Um vaso sanitário é o objeto costumeiramente usado para satisfazer as necessidades fisiológicas do ser humano (urinar e evacuar). É também conhecido como bacia,privadatronopatente ou bojo, em linguagem mais popular no Brasil, e como retrete em Portugal.
Normalmente é um vaso de cerâmica, cuja boca ovalada é desenhada para garantir o conforto do utilizador.
Seu funcionamento é bastante simples: o vaso mantém uma quantidade de água; logo atrás, o cano do vaso sanitário que leva os dejetos faz uma curva para cima e outra para baixo - um sifão - e que, somente depois, vai para o esgoto; nessa curva, uma quantidade de água fica acumulada e, quando a descarga é acionada, uma quantidade de água é liberada.
Nos modelos mais comuns, a quantidade de água varia entre 6 e 8 litros por descarga. Com a força desta, a água depositada e seus dejetos são levados pelo cano, até a água ficar novamente estancada.

Eficiência no uso da água

A quantidade de água utilizada para a descarga dos vasos sanitários representa um parcela significativa da água usada nas residências, condomínios e empresas. Os modelos mais antigos onde a válvula de descarga era afixada da parede consumiam em média de 12 a 15 litros de água por descarga. Em 2003 um acordo entre os fabricantes de vasos sanitários brasileiros permitiu que um novo modelo, com caixa acoplada, fosse adotado. O modelo com caixa acoplada possui um gasto fixo de 6 litros por descarga, normatizado pela NBR 15.097/04, permitindo uma economia sensível de água em relação aos modelos mais antigos. Existem modelos de vasos sanitários ainda mais econômicos em relação ao consumo de água, como os vasos sanitários de descarga dupla (3 litros para dejetos líquidos e 6 litros para dejetos sólidos) e sanitários à vácuo (1,2 a 1,5 litros de água por descarga) que utilizam ar (vácuo) para sugar os dejetos. Os sanitários a vácuo são utilizados principalmente em aviões onde o custo da água transportada é particularmente elevado e também em instalações experimentais para o uso eficiente da água.


Galeria de imagens

Modelo domiciliar e contemporâneo
Sanitários públicos na antiga Roma
Vaso sanitário com caixa acoplada e descarga dupla