quinta-feira, 1 de junho de 2017

Entenda a diferença entre Pirâmide do Bem (MMN) e Pirâmide do Mal (Esquema Financeiro)

Entenda a diferena entre a Pirmide do Bem MMN e a Pirmide do Mau Esquema Financeiro

Já há algum tempo, como um confesso admirador do tema, venho sentido essa urgente necessidade de abordar a temática, e, também por isso, espero que todos, de algum modo, tirem proveito desse breve arrazoado, seja a titulo de conhecimento ou mesmo ampliando seu leque de opções de geração de renda e lucro.
Todos concordam em gênero, número e grau que, vivemos numa sociedade altamente consumista. O resultado disso é que, a cada dia novos negócios ganham espaço em nosso mercado, tendo em vista esse ancoramento financeiro no desejo humano de suprir as suas carências – emocionais, sociais, psíquicas e pessoais –, com o ato quase que vicioso de torrar o capital ganho em alguma coisa, seja comida, bebida, vestuário, entretenimento, beleza ou qualquer espelunca que traga prazer imediato ao inconsciente. Há quem diga inclusive que, em situações de elevado estresse, basta uma mera “barrinha” de chocolate para acalmar os ânimos e devolver a tão sonhada paz conjugal ao lar. Ganhar aquele “perfume” cobiçado acompanhado de um pomposo buquê de flores após aquela rusguinha do final de semana. Quem não gosta, não é mesmo?
Por isso, não me surpreende de modo algum que, praticamente a totalidade da sociedade, esteja direta ou indiretamente envolvida no Marketing de Rede. Querendo ou não, você já comprou algum gênero alimentício, do segmento de cosméticos, saúde, academia ou perfumaria diretamente de um consultor autônomo ao invés de retirá-lo num supermercado ou mercearia da sua cidade. Se eu estiver certo e a resposta for “sim”, você é um consumidor direto de uma empresa de vendas diretas, e, possivelmente do chamado Network Marketing, Marketing de Rede ou Marketing Multinível (“Sistema de Rede”, também chamado pelos mais céticos de “Pirâmide do Bem” – cujo procedimental é totalmente legítimo e juridicamente admitido).
O Marketing Multinível não é nenhuma novidade, já existindo há vários anos, teve início com as chamadas “vendas diretas” há mais de um século atrás e persiste até os dias atuais, aliás, o segmento se mostra cada vez mais uma saída eficaz para a geração de renda e riqueza para os que mergulham de cabeça e se profissionalizam nessa seara. Donald Trump há pouco tempo atrás, em um dos seus livros defendeu a eficiência desse segmento na produção de riquezas para o país, empresas, e profissionais envolvidos. Robert kiyosaki, outro badalado autor e palestrante, é um ferrenho admirador desse mercado, e mais recentemente, o nosso querido Silvio Santos passou a adotá-lo em sua empresa de vendas diretas do ramo de cosméticos. Tom Harv, Roberto Shinyashiki, Max Gehringer são apenas alguns dos nomes que se renderam a esse mercado.
No referido mercado, uma peculiaridade faz toda a diferença – “a não existência de uma linha operacional intermediária”, ou seja, não existem atacadistas, varejistas, transportadoras terceirizadas ou mesmo distribuidoras externas à relação, ao invés disso, os produtos são repassados diretamente da Fábrica para as mãos dos consultores autônomos (onde cada um é dono do seu próprio negócio – chamados de “consultores” ou “mini–franquiados”). Com isso, corta-se um enorme custo com linha tributária empregatícia decorrente da contratação de empregados, impostos prediais (estabelecimentos), impostos sobre serviços decorrente da contratação das empresas intermediadoras, merchandising, propagandas, contribuições sociais e previdenciárias, e outros aditivos financeiros, possibilitando assim, que os consultores comprem a mercadoria a um preço mais baixo, e, consequentemente, repassem aos consumidores produtos também por um preço mais acessível.
Esse corte de algumas fases operacionais, permite ainda que os consultores obtenham um lucro maior na revenda dos produtos, o que é justo, pois, além de venderem, funcionam como verdadeiros “garotos–propaganda” da sua organização. Recentemente, algumas pesquisas oficiais mostraram que, no Mercado Tradicional, apenas 1/3 do valor comercial do produto corresponde ao “valor qualitativo” da mercadoria, os outros 2/3 são decorrentes dos custos operacionais – contratação de terceiros, propagandas, impostos, folha salarial de empregados, etc –. Como no Marketing de Rede essa cadeia é cortada, os consumidores recebem um preço final mais justo por um produto de qualidade também mais justa, pois, como dito há uma economia muito grande em relação a essa última parte do ciclo operacional.
No Brasil, com a atual crise econômica e o alto índice de desemprego, cada vez mais as pessoas tem procurado empresas de Marketing de Rede para tentarem gerar uma renda complementar ou mesmo construir uma carreira profissional no negócio. Nos Estados Unidos, pesquisas apontam que 27% do PIB advém do Network Marketing, sendo que 20% dos novos milionários tem saído desse mercado. No Brasil, o negócio ainda engatinha, sendo que menos de 1% do PIB advém desse segmento. Ademais, temos visto nos últimos anos, uma alavancagem muito grande desse mercado em nosso país, e, como dito antes, a válvula mestra impulsionadora desses números advém principalmente do “fator crise” e da “necessidade de geração de renda paralela” também advinda dessa mesma razão: alta inflação, desvalorização do salário, defasagem da moeda, diminuição dos postos de emprego, automação industrial, dentre outros. O problema é que, com a publicização desse mercado, muitas empresas fraudulentas tem se aproveitado dessa abertura para aplicarem golpes nos mais ingênuos e despreparados.
Com o crescimento do Marketing Multinível no Brasil, temos vivenciado uma verdadeira chuva das “Pirâmides Financeiras”, que aproveitando-se de algumas semelhanças com o Marketing de Rede, buscam se passar por empresas legítimas do referido segmento.
Recentemente, a Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça – Senacon/MJ –, lançou a 6ª edição do Boletim de Proteção ao Consumidor/Investidor, elaborado em parceria com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), onde o maior objetivo era mostrar para a sociedade as diferenças de funcionamento entre os Esquemas de Pirâmide Financeira e as Organizações de Marketing Multinível. A principal diferença entre elas é que na primeira não existe a venda de um produto real que efetivamente sustente o negócio, ou seja, a “comercialização de produtos ou serviços” tem pouca importância para a sua manutenção. Assim, para o esquema de pirâmides, a principal fonte de renda é o incentivo à adesão de novas pessoas ao negócio, o que faz com que seu crescimento não seja sustentável, pois, se as pessoas pararem de entrar ou se houver uma queda no número de recrutamento o sistema começa a ruir e logo desaba, gerando enormes prejuízos para aqueles que entraram por último, situações em que sequer conseguem recuperar o investimento inicialmente feito.
Por outro lado, no Marketing Multinível – cujo sistema é legal e juridicamente legítimo – também é possível que os consultores ganhem comissões por indicarem outros revendedores para o negócio, de modo que, com as indicações formam equipes de vendedores e são remunerados pela Organização de acordo o rendimento das vendas que a equipe construída acaso venha a produzir. Esses consultores indicados passam por uma formação, acompanhamento, desenvolvendo várias ferramentas para terem sucesso no negócio, aprendem a vender, adquirem experiência, passam a ensinar e a recrutar novos revendedores para as suas equipes, e assim também constroem suas redes de vendas, consumo, e comercialização de produtos. Há um frenético ritmo de vendas e formação de novos consultores ou consumidores, e é isso que efetivamente sustenta o negócio. Note que logo identificamos uma “segunda característica” – a existência de uma atividade laboral –, ou seja, as pessoas trabalham, não basta “indicar”., os novos recrutados precisam aprender a profissão, suas técnicas e nuances para passarem adiante, formando novos membros, do contrário, certamente estarão fadados ao fracasso.
No legítimo MMN não basta recrutar, pois, se os envolvidos não se desenvolverem, buscando impulsionarem o negócio de vendas, não terão uma base de cálculo para incidência das suas comissões, e, a conseqüência disso é que os novos recrutados logo serão desestimulados pela falta de resultados e desistirão do negócio.
Observe que as comissões são calculadas pela circulação financeira da comercialização dos produtos, sendo o recrutamento um “plus”. Quanto mais produtos vendidos pela equipe, maiores serão as comissões dos envolvidos. Qualquer um pode formar a sua equipe de vendas, inclusive, é possível que um novo indicado alcance um maior crescimento na carreira do que aquele que o indicou (patrocinador), tendo em vista a existência de “notas de cortes” por linhas de revendedores.
É possível ainda que o consultor opte apenas por “vender os produtos”, sem que haja a obrigatoriedade de recrutamento de novas pessoas. Certa vez conheci um rapaz que, apesar de participar de uma empresa que adotava o MMN como estratégia de mercado, se dedicava precipuamente às vendas, tendo numa dada ocasião recrutado um outro rapaz para sua equipe. Esse outro rapaz, criou uma rede de vendedores muito grande e se tornou um dos maiores “cheques” da referida empresa, contudo, aquele que o indicou subiu apenas 02 degraus na carreira da empresa. Estranho isso, não? À primeira vista sim, mas isso ocorre porque, hoje já existem “notas de corte” por linhas de indicação, justamente para evitar que um preguiçoso se aproveite da força de trabalho de um grande empreendedor focado e determinado. Por exemplo, João recruta A, B, e C. Nos primórdios do MMN, a empresa pagava João uma comissão de toda a produção de vendas que fizesse “A, B e C”. Com o tempo, observaram que não era justo e que trazia desequilíbrio à empresa, logo, mudaram a forma de negócio. Já de longa data, passou a haver um “corte por linha”, de modo que, se A produz 5 mil, B produz 20 mil, e C produz 100 mil, o João que indicou os 03 (três) se pouco produzir não conseguirá graduar na carreira, e terá um “Limite” de aproveitamento de cada linha bem mais baixo, por exemplo, apenas 3 mil reais como base de cálculo. Assim, se C produziu 100 mil, João só terá sua comissão calculada, por exemplo, sobre 3 mil reais. Geralmente essas comissões variam de 4% a 20%. Por sua vez, para que João aumente sua “linha de corte” precisará mostrar que é um líder, produzindo mais através da criação de outras linhas e da sua própria produção, assim, a cada degrau de crescimento na empresa, o “ponto de corte” vai se abrindo, e permitindo um proveito maior decorrente de cada linha descendente – são os chamados “downlines”. Portanto, é muito comum encontrarmos casos de “downlines” ganhando muito mais que os seus “up lines”.
Numa Pirâmide financeira, além de não existir trabalho, nem produto “real” – que seja de uso ostensivo dos clientes –, os que entraram no início vão sempre ganhar mais que aqueles que entraram por último, pois, os dividendos são calculados apenas com base na especulação financeira de indicação de novos recrutados e não com base na produção ou rendimento dos envolvidos, não havendo também linhas de corte, possibilitando a “especulação preguiçosa e ociosa”.
Como dito, nos Esquemas de Pirâmides Financeiras, há uma diferença muito clara: não há um produto a ser vendido e que efetivamente seja utilizado pelas pessoas em suas casas, comércios, e cotidiano em geral. Não há como sobreviver no negócio apenas com as vendas do “suposto produto”, nem há a opção que o consultor escolha apenas vender. Muitas vezes sequer existe um produto, e quando existe não passa de um “produto–mentira”, um “pseudo–produto”, um “produto–fantasma”, ou seja, aquele que só existe no papel, pois, as pessoas não o usam, nunca o tocaram, nem nunca o viram. Uma pergunta crucial para desmascarar um Esquema de Pirâmide Financeira que tenta se passar por MMN é o seguinte – faça a um dos integrantes desses esquemas fraudulentos a seguinte indagação: “nesse seu negócio, caso eu queira apenas revender, é possível? Digamos que eu não queira cadastrar ou recrutar nenhuma pessoa, apenas quero ser um revendedor, ganhar com a venda e uso dos produtos, é possível? Onde eu compro esse produto? Onde ficam as Franquias físicas da sua empresa? Em quantas cidades existem essas Franquias Físicas? Os produtos estão lá expostos? Indique–me pessoas que efetivamente usem este produto? Você o utiliza no seu dia a dia? Deixe–me ver, mostre–me!” Pronto, “cheque–mate”, o indivíduo não terá respostas concretas e coerentes para esses questionamentos, na melhor das situações, tentará criar respostas alternativas ou sair pela tangente, criando algumas justificativas.
Apesar de, hoje, existirem no mercado vários esquemas fraudulentos de pirâmides financeiras, também existem algumas empresas sérias, sólidas, e estruturadas, onde com Profissionalismo, Dedicação, e o Suporte correto é possível se construir rendas que muitos dos profissionais de outras áreas sequer sonhariam em atingir um dia com o mero trabalho registrado no mercado tradicional. Por fim, fica aí uma dica sustentável, sólida e rentável para aquelas pessoas que buscam um bom empreendimento, sem riscos, de baixo investimento e que vai lhe agregar e ajudar a desenvolver várias ferramentas potenciais de sucesso inclusive de perfeito uso em outras áreas.

MOREIRA. Maykell Felipe. Advogado e Consultor jurídico, Financeiro e de Negócios para empresas e equipes em Network Marketing. Possui vários artigos publicados em revistas de renome nacional. Proprietário da Página “Empreendedorismo – carreira dos sonhos” no facebook I Acesse em: facebook. Com/carreiradosonhos