quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

ENTENDA O CORONAVIRUS



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  • O que são coronavírus?

     Os coronavírus (CoV) compõem uma grande família de vírus, conhecidos desde meados da década de 1960, que receberam esse nome devido às espículas na sua superfície, que lembram uma coroa (do inglês crown). Podem causar desde um resfriado comum até síndromes respiratórias graves, como a síndrome respiratória aguda grave (SARS, do inglês Severe Acute Respiratory Syndrome) e a síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS, do inglês Middle East Respiratory Syndrome). Os vírus foram denominados SARS-CoV e MERS-CoV, respectivamente

  • O que é este novo coronavírus?

      Trata-se de uma nova variante do coronavírus, denominada 2019-nCoV, até então não identificada em humanos. Até o aparecimento do 2019-nCoV, existiam apenas seis cepas conhecidas capazes de infectar humanos, incluindo o SARS-CoV e MERS-CoV. Recomendamos evitar os termos “nova gripe causada pelo coronavírus” porque gripe é uma infecção respiratória causada pelo vírus influenza.

  • Como este novo coronavírus foi identificado?


   O novo coronavírus foi identificado em investigação epidemiológica e laboratorial, após a notificação de casos de pneumonia de causa desconhecida entre dezembro/2019 e janeiro/2020, diagnosticados inicialmente na cidade chinesa de Wuhan, capital da província de Hubei. Centenas de casos já foram detectados na China. Outros casos importados foram registrados na Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Vietnã, Cingapura, Arábia Saudita e Estados Unidos da América; todos estiveram em Wuhan.

  • Qual a origem do surto atual? 


       A origem ainda não está elucidada. Acredita-se que a fonte primária do vírus seja em um mercado de frutos do mar e animais vivos em Wuhan.

  • Os coronavírus podem ser transmitidos de animais para humanos? 


    Sim. Investigações detalhadas descobriram que o SARS-CoV foi transmitido de civetas (gatos selvagens) para humanos na China, em 2002, e o MERS-CoV de dromedários para humanos na Arábia Saudita, em 2012. Porém, existem vários coronavírus que causam infecção animal. Na maioria, infectam apenas uma espécie ou algumas espécies intimamente relacionadas, como morcegos, aves, porcos, macacos, gatos, cães e roedores, entre outros.

  • A transmissão do coronavírus acontece entre humanos?


    Sim. Alguns coronavírus são capazes de infectar humanos e podem ser transmitidos de pessoa a pessoa pelo ar (secreções aéreas do paciente infectado) ou por contato pessoal com secreções contaminadas. Porém, outros coronavírus não são transmitidos para humanos, sem que haja uma mutação. Na maior parte dos casos, a transmissão é limitada e se dá por contato próximo, ou seja, qualquer pessoa que cuidou do paciente, incluindo profissionais de saúde ou membro da família; que tenha tido contato físico com o paciente; tenha permanecido no mesmo local que o paciente doente.

  • Há transmissão sustentada do novo coronavírus? 


    Até agora, não há evidências. Está limitada a grupos familiares e profissionais de saúde que cuidaram de pacientes infectados. Também não há evidências de transmissão de pessoa a pessoa fora da China, mas isso não significa que não aconteça.

  • Qual é o período de incubação desta nova variante do coronavírus? 


     Ainda não há uma informação exata. Presume-se que o tempo de exposição ao vírus e o início dos sintomas seja de até duas semanas.

  • Quais são os sintomas de uma pessoa infectada por um coronavírus? 


     Pode variar desde casos assintomáticos, casos de infecções de vias aéreas superiores semelhante ao resfriado, até casos graves com pneumonia e insuficiência respiratória aguda, com dificuldade respiratória. Crianças de pouca idade, idosos e pacientes com baixa imunidade podem apresentar manifestações mais graves. No caso do 2019-nCov, ainda não há relato de infecção sintomática em crianças ou adolescentes.

  • Como ocorre o contágio e qual é a gravidade do novo coronavírus? 


     Não se sabe até o momento. Alguns vírus de transmissão aérea são altamente contagiosos, como o sarampo, enquanto outros são menos. Ainda não está claro com que facilidade o 2019-nCoV é transmitido de pessoa para pessoa. Até que tenhamos esta informação mais acurada, recomenda-se que as precauções e isolamentos sejam adotados. Quanto à gravidade, devemos acompanhar a evolução da epidemia. Pelos dados iniciais publicados, a estimativa inicial é de que a letalidade seja em torno de 3% (26 mortes em 912 casos), inferior à do SARS-CoV e do MERS-CoV.

  • Como é feita a confirmação do diagnóstico do novo coronavírus? 


    Exames laboratoriais realizados por biologia molecular identificam o material genético do vírus em secreções respiratórias.

  • Existe um tratamento para o novo coronavírus? 


    Não há um medicamento específico. Indica-se repouso e ingestão de líquidos, além de medidas para aliviar os sintomas, como analgésicos e antitérmicos. Nos casos de maior gravidade com pneumonia e insuficiência respiratória, suplemento de oxigênio e mesmo ventilação mecânica podem ser necessários.

  • Como reduzir o risco de infecção pelo novo coronavírus? 


 Evitar contato próximo com pessoas com infecções respiratórias agudas; 
 Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o        meio ambiente e antes de se alimentar;
 Usar lenço descartável para higiene nasal;
 Cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir;
 Evitar tocar nas mucosas dos olhos; 
 Higienizar as mãos após tossir ou espirrar; 
 Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; 
 Manter os ambientes bem ventilados; 
 Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.

  • Existe uma vacina para o novo coronavírus? 


    Como a doença é nova, não há vacina até o momento.

  • Tomei a vacina contra a gripe. Estou protegido contra o novo coronavírus?


     Não. A vacina da gripe protege somente contra o vírus influenza.

  • Estão contraindicadas as viagens para a China e para os países com casos importados? 


    Com base nas informações atualmente disponíveis, a Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda restrição de viagens ou comércio. Devemos acompanhar as recomendações, que são dinâmicas e podem mudar de um dia para outro.

  • Temos casos do novo coronavírus no Brasil? 


    Até o presente momento, não há casos suspeitos ou confirmados no país.

  • Qual é a definição de caso suspeito? 


    Febre acompanhada de sintomas respiratórios, além de atender a uma das duas seguintes situações: ter viajado nos últimos 14 dias antes do início dos sintomas para área de transmissão local (cidade de Wuhan) ou ter tido contato próximo com um caso suspeito ou confirmado
Febre pode não estar presente em casos de alguns pacientes, como idosos, imunocomprometidos ou que tenham utilizado antitérmicos.

  • Qual é a orientação diante da detecção de um caso suspeito?


     Os casos suspeitos devem ser mantidos em isolamento enquanto houver sinais e sintomas clínicos. Paciente deve utilizar máscara cirúrgica a partir do momento da suspeita e ser mantido preferencialmente em quarto privativo. Profissionais da saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção). Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias, como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizada precaução por aerossóis, com uso de máscara profissional PFF2 (N95). Estas são as recomendações atuais do Ministério da Saúde.

  • Há risco de epidemia global? 


    Sim, mas não há motivo para pânico neste momento. O Comitê de Emergência da OMS declarou que é cedo para declarar a situação como emergência em saúde pública de interesse internacional neste momento, devido ao número limitado e localizado de casos e pelas medidas que já estão sendo tomadas para que o surto não se espalhe.

FONTES: Ministério da Saúde do Brasil / Organização Mundial da Saúde (OMS) / Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). 
*Documento elaborado pelos médicos infectologistas: Dr. Leonardo Weissmann, Dra. Tânia do Socorro Souza Chaves, Dr. Clóvis Arns da Cunha e Dr. Alberto Chebabo.

Documento pesquisado no site: https://portaldaurologia.org.br/medicos/wp-content/uploads/2020/01/Coronavirus_PR_24-01.pdf, acesso as 08:59 do dia 13 de fev 2020. 


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Quando você se permite o que merece, você atrai o que precisa


Vamos começar por propor uma pequena reflexão… O que você acha que você merece hoje? Talvez você tenha pensado em um merecido descanso. Em permitir que o tempo corra um pouco mais devagar, a fim de poder apreciar tudo ao seu redor. Aproveite o “aqui e agora”, sem stress, sem ansiedade.
É possível que também tenha pensado que merece “alguém que te ame”, que te aceite e te valorize. Talvez você esteja querendo apenas reconhecimento da parte daqueles por quem você fez e faz tanto.
Todos, no nosso interior, sabemos o que merecemos. No entanto, reconhecer isso é algo que às vezes nos custa porque achamos que pode se chegar a ser uma atitude egoísta.
Como dizer em voz alta coisas como “eu preciso de você para me amar”, “eu mereço ser respeitado”, “eu mereço ter liberdade e ter as rédeas da minha vida”? Na verdade, apenas nos diga.
Não devemos nos equivocar, porque priorizar a si um pouco mais não é uma atitude egoísta, é uma necessidade vital, é poder crescer internamente para ser feliz. Nós convidamos você a refletir conosco.
Quando você está ciente do que você merece e, finalmente, você se concede isso, e aprende a priorizar-se um pouco mais, chegará a ti o que necessitas na realidade. Não é mágica, nem o universo tecendo suas leis de atração. É nossa vontade de ser feliz, de tomar conta de nossas vidas …

Atitudes limitantes

Muitos de nós tendem a desenvolver muitas atitudes limitantes ao longo da vida. São crenças por vezes inculcadas durante a nossa infância, ou até mais tarde desenvolvidas com base em certas experiências. São aqueles pensamentos expressos em frases como “Não valho nada”, “Não sou capaz de fazer isso, vou falhar”, “Por que tentar se as coisas sempre derem errado?” …
Uma infância complicada com pais que nunca nos deram segurança, ou mesmo relações emocionais baseadas na manipulação emocional, geralmente nos limitam quase de maneira decisiva. Nós nos tornamos frágeis por dentro e vamos pouco a pouco, desgastando nossa auto-estima.
Reestruture suas crenças. Você é mais do que suas experiências, você não é o único que te machucou ou que levantou muros para privá-lo de sua liberdade. Você merece avançar, você merece ler em seu interior e reconhecer seu valor, sua capacidade de estar “apto” na vida e acima de tudo, feliz …

O que você merece, o que você precisa

O que nós merecemos e o que precisamos está tão perto quanto o elo de uma corrente. Vamos dar um exemplo: “Eu preciso de alguém que me ame”. É um desejo comum. No entanto, começaremos alterando a palavra “PRECISO” para “MEREÇO”.
Você merece alguém que possa ler suas tristezas, alguém que ouça suas palavras, que saiba decifrar seus medos e seja o eco de suas risadas. Por que não? Ao mudar a palavra precisar por merecer, eliminamos esse laço de apego tóxico que às vezes desenvolvemos em nossos relacionamentos afetivos.
“Se precisamos de algo para ser feliz nos tornamos cativos das nossas próprias emoções”
Comece com você mesmo Seja a pessoa que você gostaria de ter ao seu lado … A que merece seguir os passos da sua vida. No final, chegará esse alguém se refletirá em você. No entanto, também começa com estas dimensões importantes:
• Liberte-se dos seus medos.
• Aprecie sua solidão, aprenda a ler por dentro, tenha mais empatia com você mesmo e com os outros.
• Cultive seu crescimento pessoal , aproveite seu presente, o que você é e como você é.
• Aprenda a ser feliz com a humildade, desativando o ego, amadurecendo emocionalmente.
“Assim que você se der tudo que merece, tornando-se a melhor versão de você , virá o que você precisa.”

Priorizar-se não é ser egoísta

Muitas vezes ainda somos prisioneiros daqueles pensamentos limitantes explicados no começo. Há quem encontre a felicidade dando tudo pelos outros: cuidando, atendendo, renunciando a certas coisas para os outros. É possível que tenhamos sido educados assim. Porém, sempre chega um momento em que fazemos um balanço e algo falha. Vazio, frustração, dor emocional aparecem …
Como tudo nesta vida, há harmonia, a conjunção de seu espaço e meu espaço, suas necessidades e nossas necessidades. A vida em família, como casal ou em qualquer contexto social, deve ser construída através de um equilíbrio adequado, onde todos ganham e ninguém perde.
No momento em que há perdas, deixamos de ter controle de nossa vida, deixamos de ser protagonistas para nos tornarmos atores secundários.

Reflita por um momento sobre estas breves ideias:

• Eu mereço um dia de descanso para mim, em solidão. Isso vai me oferecer o que eu preciso: pensar, me libertar do estresse e relativizar as coisas.
• Eu mereço ser feliz, talvez seja hora de “deixar ir” certas pessoas, ou aspectos da minha vida. Isso me permitirá obter o que preciso: uma nova oportunidade.
Todos nós merecemos deixar de ser cativos do sofrimento, das nossas próprias atitudes limitadoras. Abra seus olhos para o seu interior, decifre suas necessidades, ouça sua voz. No momento em que você se permite o que você merece, o que você precisa chegará até você.