sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Cinco Santos que tinham Superpoderes

Deus age de maneiras misteriosas. Esta verdade se faz particularmente evidente nas coisas que ele faz com aqueles que estão especialmente próximos a ele.
Aqui estão alguns santos que tiveram superpoderes:
1) São José Cupertino: Voando
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Chamado de “o santo voador”, não estamos falando sobre algumas historias em que São José Cupertino tenha voado de maneira privada ou para algumas pessoas. Estamos falando sobre ele regularmente voar em frente a grandes grupos de pessoas.
Fosse durante a Missa, Liturgia das Horas, ou apenas durante a menção do nome de Jesus ou de um santo, José podia involuntariamente entrar êxtase e começar a levitar. Isso aparentemente aconteceu uma vez durante uma procissão publica em frente toda a cidade, e durante uma audiência do Papa.
Sua constante e incontrolável levitação na ocasião se tornou um problema. Seus superiores consideravam o fenomeno perturbador. Ao final de sua vida, ele foi transferido para diferentes mosteiros e permaneceu em celas particulares.
Mas ele continuava a levitar ao nome de Jesus de qualquer maneira…
2) Christina the Astonishing: Indestrutibilidade
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Embora ela não seja oficialmente canonizada pela Igreja, era considerada uma santa durante toda a sua vida (séculos 12 e 13), e tem algumas histórias bem interessantes apesar de tudo, as quais demonstram basicamente que ela era indestrutível.
Pra começar, ela aparentemente morreu de um infarto por volta dos vinte anos de idade. Seu corpo foi preparado para o enterro e um funeral foi realizado, mas no meio do funeral ela se levantou, cheia de energia. Ela disse que teve uma experiência sobrenatural do paraíso, inferno, e purgatório. Ela disse à sua família e amigos que a única razão pela qual ela havia retornado era para sofrer pelo alívio dos que estão no purgatório e pela conversão dos pecadores ainda na terra.
Foi quando ela começou a fazer algumas coisas muito intensas.
Primeiro, ela jejuou e privou-se de quaisquer confortos corporais de forma muito severa. Mas isso não foi suficiente. Ela também se jogava regularmente em fornos ardentes, mas saia deles sem queimaduras. No auge do inverno, ela ia nadar em um rio congelado proximo, as vezes permanecendo nas aguas por dias ou mesmo semanas a cada vez. As vezes, ela se permitia ser sugada por um moinho criado no rio e ser girada em volta dele. Ela também se permitia ser atacada por cães, ou correr entre espinhos. Mas mesmo com todas estas coisas, ela sempre saia ilesa.
E não obstante tudo isso, ela viveu até os 74 anos de idade.
3) Santa Catarina de Alexandria: Truque da mente Jedi
NT; (c) Stourhead; Supplied by The Public Catalogue Foundation
Santa Catarina foi uma princesa no Egito no terceiro século e recebeu uma boa educação. Embora tenha nascido como uma pagã, quando era uma adolescente pediu para que a Santíssima Virgem Maria aparecesse para ela, disse a ela que havia se casado com Cristo em um casamento místico, e se converteu à fé cristã.
Logo depois, ela teve uma audiência pessoal com o Imperador Romano Maxêncio e tentou convence-lo a parar a perseguição aos Cristãos. O imperador trouxe o seus melhores filósofos e retóricos para debater com Catarina – mas, incrivelmente, ela venceu o debate. Alguns dos seus interlocutores ficaram tão impressionados, que se converteram ao Cristianismo.
Furioso, o imperador a aprisionou. Mas seu poder de persuasão continuou na prisão. Entre aqueles que ela conheceu na prisão e aqueles que a visitaram, 200 pessoas foram convertidas através da sua evangelização. Quando ela se negou a parar de converter pessoas à fé cristã apesar de estar sendo torturada, o imperador tentou persuadi-la a parar pedindo para que ela se casa-se com ele. Ela se recusou, e ele a sentenciou à morte.
4) São Vicente Ferrer: Trazendo pessoas de volta dos mortos
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São Vicente Ferrer é mais conhecido por seu trabalho missionário, pregação, e teologia. Mas ele tinha uma habilidade sobrenatural bastante surpreendente: ele podia trazer pessoas de volta da morte. E ele aparentemente fez isso em muitas ocasiões.
De acordo com uma história, São Vicente entrou em um igreja com um cadaver dentro. Na frente de um número de testemunhas, São Vicente simplesmente fez o sinal da cruz sobre o cadaver, e a pessoa voltou à vida.
Em uma história particularmente impressionante, São Vicente se deparou com uma procissão para um certo homem ser executado por enforcamento por ter cometido um grave crime. De alguma forma, São Vicente soube que a pessoa era inocente, e ele a defendeu perante as autoridades, mas sem sucesso. Coincidentemente, um cadaver estava sendo carregado por uma maca. Vicente perguntou ao cadaver, “Este homem é culpado? Me responda!” O homem morto imediatamente voltou à vida, sentou-se, e disse, “Ele não é culpado!” O homem então deitou-se novamente na maca. Quando Vicente ofereceu ao homem uma recompensa por ajudar a reivindicar o homem inocente, o homem disse, “Não, Padre, eu já estou certo da minha salvação.” E então ele morreu novamente logo após.
5) São Padre Pio: Super-homem
Public Domain / Wikipedia
Um famoso santo que viveu no século 20, São Padre Pio teve cada super poder que você pode pensar: há alegações de que ele podia se bi-locar (estar em mais de um lugar ao mesmo tempo), ler a mente das pessoas (normalmente nas confissões – ele era Padre), levitar, e curar pessoas doentes.

Em uma história, um matemático profissional estava confessando seus pecados ao Padre Pio no seu confessionário, mas de fato não disse à Padre Pio que ele era um matemático. Quando ele estava um pouco confuso sobre quantas vezes havia cometido um pecado específico, Padre Pio respondeu firmemente: “Você é um matemático, saia do confessionário e volte quando souber quantas vezes você fez aquilo.”
Em 1950, Padre Pio foi visto atendendo ao funeral de um monge em Milwaukee, Wisconsin – mas sem nunca ter saído do seu próprio mosteiro na Itália. Em relação a sua habilidade de se bi-locar, uma pessoa contou que Padre Pio uma vez disse, “Eu posso fazer três coisas ao mesmo tempo: rezar, confessar, e ir ao redor do mundo.”
Fonte: ChurchPOP

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Por que WhatsApp está sob ameaça de bloqueio em diversos países?

Aplicativo já sofreu ameaças em diversos países, sob justificativa de ser usado por criminosos

Não é apenas no Brasil, onde um juiz do Piauí ordenou o bloqueio do aplicativo, que o WhatsApp corre o risco de sair do ar.

No Reino Unido, na Arábia Saudita, no Irã e em outros países, o aplicativo também sofreu ameaças de bloqueio e, em alguns deles, chegou a ser suspenso.

A discussão ocorre porque é mais difícil monitorar mensagens enviadas pelo aplicativo do que ligações telefônicas ou e-mails, por exemplo – o que, segundo alguns países, pode ameaçar tanto a segurança pública quanto a segurança nacional.

O bloqueio do WhatsApp, no entanto, é visto por muitos como uma ameaça à liberdade de expressão.

No Brasil, o juiz Luiz de Moura Correa determinou que o WhatsApp seja bloqueado para forçar a empresa a colaborar com a Justiça em uma investigação sobre pedofilia que corre sem segredo.

No Reino Unido, o primeiro-ministro David Cameron também critica a falta de colaboração da empresa em investigações – neste caso, sobre terrorismo.

Em um discurso em janeiro, o britânico disse que tentaria proibir serviços de mensagens encriptadas – como as do WhatsApp e do Snapshat – caso o conteúdo não pudesse ser acessado pelos serviços de inteligência britânicos.

A declaração foi feita após os ataques a revista satírica Charlie Hebdo, em Paris, que aumentaram o temor sobre ameaças terroristas. Já existe uma pressão para que empresas como Google e Facebook forneçam mais informações sobre as atividades dos seus usuários, já que há uma forte ação de recrutamento de grupos radicais pela internet.

"Vamos permitir meios de comunicação que são impossíveis de ler? Minha resposta é: não, não devemos fazer isso", disse Cameron.

Terrorismo

Ameaças de terrorismo ou à segurança nacional também serviram de justificativa para o bloqueio do serviço em outros países.

Muitos desses governos, no entanto, foram criticados por restringir a liberdade de expressão.

Na Arábia Saudita, de acordo com agências de notícias, houve uma ameaça de retirar o Whatsapp do ar em 2013 porque o serviço não estaria se adequando às regras de Comissão de Comunicações e Tecnologia da Informação. Na época, o país chegou a tirar do ar o Viber, aplicativo de mensagens e chamadas de voz pela internet, pelo mesmo motivo.

Em Bangladesh, o serviço foi bloqueado em janeiro, também de acordo com agências. O governo afirmou que havia ameaças de terrorismo e que era difícil monitorar comunicações pelo aplicativo.

"Terroristas e elementos criminosos estão usandos essas redes para se comunicar", disse uma autoridade do Paquistão para justificar a suspensão do aplicativo em uma província, segundo a mídia local.

No ano passado, o presidente do Irã, Hassan Rouhani, considerado moderado, precisou se empenhar pessoalmente para liberar o aplicativo.

A linha dura iraniana pediu a censura, segundo a emissora de TV americana Fox News, devido à compra do app pelo Facebook – cujo dono, Mark Zuckerberg, seria uma "americano sionista", segundo o comitê do país responsável pela internet.

Na Síria, que passa por uma guerra há mais de três anos, o aplicativo – usado para marcar protestos durante a Primavera Árabe – foi suspenso em 2012.

"Um golpe na liberdade de expressão e nas comunicações em todo lugar. Um dia triste para a liberdade", publicou o WhatsApp em seu Twitter à época.

fonte: 
BBC

Desde quando a Igreja começou a usar o nome de Católica?

O adjetivo católica é anterior ao nascimento da Igreja. Em grego, katholikos(καθολικός) quer dizer aquilo que é conforme o todo. Hoje em dia, a palavra equivalente seria holística. De uma forma geral, a tradução para a palavra católica é universal, contudo, o sentido dela é muito mais amplo.
O primeiro documento histórico que contém o adjetivo católica referindo-se à Igreja é uma carta de Santo Inácio de Antioquia à Igreja de Esmirna, escrita após a sua prisão, que o levou ao martírio em Roma:
“Segui ao Bispo, vós todos, como Jesus Cristo ao Pai. Segui ao presbítero como aos Apóstolos. Respeitai os diáconos como ao preceito de Deus. Ninguém ouse fazer sem o Bispo coisa alguma concernente à Igreja. Como válida só se tenha a Eucaristia celebrada sob a presidência do bispo ou de um delegado seu. A comunidade se reúne onde estiver o Bispo e onde está Jesus Cristo está a Igreja Católica. Sem a união do Bispo não é lícito Batizar nem celebrar a Eucaristia; só o que tiver a sua aprovação será do agrado de Deus e assim será firme e seguro o que fizerdes.”
Onde está Jesus Cristo está a Igreja Católica, segundo Santo Inácio. Mas, essa palavra era usada também em outro sentido, por exemplo, São Justino quando escreveu o Diálogo a Trifão, usou a mesma palavra para referir-se à ressurreição geral, de todas as pessoas. O termo se aplicava também à universalidade do número das pessoas, numa imagem da Igreja que acolhe a todos em seu seio.
A partir do século IV, com o surgimento de várias heresias, um outro sentido foi dado à palavra católica. São Cirilo de Jerusalém para comparar a fé ortodoxa com a fé herética, usa o termo fé católica. Ou seja, a verdadeira fé aceita a totalidade das verdades reveladas, enquanto que a fé herética escolhe aquilo em que quer acreditar, selecionando o que mais lhe convém e rejeitando os demais conteúdos da fé.
Desta forma, a palavra católica passou a designar não somente a Igreja que inclui todas as pessoas em todos os lugares, mas também a Igreja que inclui toda a fé, todos os sacramentos, todo o depósito e tesouro que foi deixado por Jesus Cristo e os Apóstolos. Com isso, a palavra foi sendo incorporada ao Credo como forma de distinguir a Igreja que guardava a fé inteira das seitas heréticas que estavam nascendo e que desprezavam o todo da fé.
Também houve o acréscimo da palavra romana ao adjetivo católica. Parece uma contradição dizer que a Igreja é católica e, ao mesmo tempo, romana. Contudo, não o é. Diante do protestantismo, o objetivo foi salientar que a Igreja somente é inteira, ou seja, católica, se o sucessor de Pedro, o Papa estiver incluído nela.
Assim, a integridade da fé abrange também o fato de que, seja no ocidente, seja no oriente, existe uma ligação com aquele que tem o primado e a jurisdição universal sobre a Igreja.
Só há uma Igreja de Cristo e essa Igreja é una, católica e apostólica. Faz parte da natureza da Igreja ser católica. Sendo assim, não se pode aceitar o significado confessional da palavra católico, pois ela não designa um ramo dos cristianismo. A fé cristã é católica por definição e não há outro verdadeiro cristianismo que não o católico. Por isso, como nas colunatas de Bernini na Praça de São Pedro, a Igreja abraça a fé na sua integridade e acolhe como mãe os católicos do mundo todo que vão em peregrinação até aquela praça, ver o Sucessor de Pedro.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

No Angelus Papa convida a entrar sem medo no deserto, local de combate espiritual

2015-02-22 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – Neste I Domingo da Quaresma o Papa Francisco assomou à janela do apartamento Pontíficio para rezar, com os milhares de fiéis presentes na Praça São Pedro, a oração mariana do Angelus. A Liturgia do dia inspirou a reflexão do Pontífice sobre as lutas vividas durante o tempo Quaresmal, “tempo do combate espiritual contra o espírito do mal”. “No deserto – disse ele - podemos descer em profundidade aonde se joga verdadeiramente o nosso destino, a vida ou a morte”.
O Papa iniciou falando da “prova enfrentada voluntariamente por Jesus”, no deserto, “antes de iniciar sua missão messiânica”. “Naqueles quarenta dias de solidão, enfrentou satanás “corpo a corpo”, desmascarou as suas tentações e o venceu. E nele todos vencemos, mas nós devemos proteger esta vitória no nosso dia-a-dia”:
“A Igreja nos faz recordar tal mistério no início da Quaresma, porque isto nos dá a perspectiva e o sentido deste tempo, que é o tempo do combate - na Quaresma se deve combater - um tempo de combate espiritual contra o espírito do mal. E enquanto atravessamos o deserto quaresmal, nós temos o olhar dirigido à Páscoa, que é a vitória definitiva de Jesus contra o Maligno, contra o pecado e contra a morte. Eis então o significado deste primeiro Domingo da Quaresma: colocar-nos decididamente no caminho de Jesus, o caminho que conduz à vida. Olhar Jesus, o que fez Jesus e seguir com Ele”.
O Papa explicou que este caminho de Jesus passa pelo deserto, local de luta e de silêncio, onde podemos ouvir a voz do Senhor:
“Este caminho de Jesus passa pelo deserto e alí é o lugar onde se pode escutar a voz de Deus e a voz do tentador. No barulho, na confusão, isto não pode ser feito; ouve-se somente vozes superficiais. Pelo contrário, no deserto, podemos descer em profundidade onde se joga verdadeiramente o nossos destino, a vida ou a morte”.
“O deserto quaresmal – observou - nos ajuda a dizer não à mundanidade, aos ídolos, nos ajuda a fazer escolhas corajosas conforme o Evangelho e a reforçar a solidariedade com os irmãos. E a presença de Jesus e do Espírito Santo na nossa vida, nos encorajam a entrarmos neste deserto:
“Então entremos no deserto sem medo, porque não estamos sozinhos: estamos com Jesus, com o Pai e com o Espírito Santo. Assim como foi para Jesus, é justamente o Espírito Santo que nos guia no caminho quaresmal, o mesmo Espírito descido sobre Jesus e que nos é dado no batismo. A Quaresma, por isto, é um tempo propício que deve nos levar a tomar sempre mais consciência do quanto o Espírito Santo, recebido no Batismo, operou e pode operar em nós. E ao final do itinerário quaresmal, na Vigília Pascal, poderemos renovar com maior consciência a aliança batismal e os compromissos que dela derivam”.
Na sua alocução, o Pontífice mais uma vez reiterou a importância de conhecermos as Escrituras, para sabermos “responder às insídias do maligno”, voltando então, a aconselhar a leitura diária de um pequeno trecho do Evangelho, “dez minutos”, e tê-lo sempre conosco, “no bolso, na bolsa, mas sempre à mão”.
Por fim, o Papa pedia a “Virgem Santa, modelo de docilidade ao Espírito, nos ajude a deixar-nos conduzir por Ele, que quer fazer de cada um de nós “uma nova criatura””. A seguir, Francisco saudou os fiéis presentes na Praça São Pedro. (JE)
Eis o Angelus na íntegra:
“Queridos irmãs e irmãs
Quarta-feira passada, com o rito das Cinzas, teve início a Quaresma e hoje é o primeiro Domingo deste tempo litúrgico que faz referência aos quarenta dias que Jesus passou no deserto, após o Batismo no Rio Jordão. São Marcos escreve no Evangelho de hoje: “O Espírito levou Jesus para o deserto. E ele ficou no deserto durante quarenta dias, e aí foi tentado por Satanás. Vivia entre animais selvagens, e os anjos o serviam”
Com estas breves palavras o evangelista descreve a prova enfrentada voluntariamente por Jesus, antes de iniciar sua missão messiânica. É uma prova da qual o Senhor sai vitorioso e que o prepara a anunciar o Evangelho do Reino de Deus. Ele, naqueles quarenta dias de solidão, enfrentou satanás “corpo a corpo”, desmascarou as suas tentações e o venceu. E nele todos vencemos, mas nós devemos proteger esta vitória no nosso dia-a-dia.
A Igreja nos faz recordar tal mistério no início da Quaresma, porque isto nos dá a perspectiva e o sentido deste tempo, que é o tempo do combate - na Quaresma se deve combater - um tempo de combate espiritual contra o espírito do mal. E enquanto atravessamos o deserto quaresmal, nós temos o olhar dirigido à Páscoa, que é a vitória definitiva de Jesus contra o Maligno, contra o pecado e contra a morte. Eis então o significado deste primeiro Domingo da Quaresma: colocar-nos decididamente no caminho de Jesus, o caminho que conduz à vida. Olhar Jesus, o que fez Jesus e seguir com Ele.
Este caminho de Jesus passa pelo deserto. O deserto é o lugar onde se pode escutar a voz de Deus e a voz do tentador. No barulho, na confusão, isto não pode ser feito; ouve-se somente vozes superficiais. Pelo contrário, no deserto, podemos descer em profundidade onde se joga verdadeiramente o nossos destino, a vida ou a morte. E, como ouvimos a voz de Deus? A ouvimos na sua Palavra. Por isto é importante conhecer as Escrituras, pois, de outra maneira, não sabemos responder às insídias do maligno. E aqui gostaria de retornar ao meu conselho para ler a cada dia o Evangelho: cada dia ler o Evangelho, meditá-lo, um pouquinho, dez minutos, e levá-los empre conosco, no bolso, na bolsa..Mas ter sempre o Evangelho à mão; O deserto quaresmal nos ajuda a dizer não à mundanidade, aos ídolos, nos ajuda a fazer escolhas corajosas conforme o Evangelho e a reforçar a solidariedade com os irmãos.
Então entremos no deserto sem medo, porque não estamos sozinhos: estamos com Jesus, com o Pai e com o Espírito Santo. Assim como foi para Jesus, é justamente o Espírito Santo que nos guia no caminho quaresmal, o mesmo Espírito descido sobre Jesus e que nos é dado no batismo. A Quaresma, por isto, é um tempo propício que deve nos levar a tomar sempre mais consciência do quanto o Espírito Santo, recebido no Batismo, operou e pode operar em nós. E ao final do itinerário quaresmal, na Vigília Pascal, poderemos renovar com maior consciência a aliança batismal e os compromissos que dela derivam.
Que a Virgem Santa, modelo de docilidade ao Espírito, nos ajude a deixar-nos conduzir por Ele, que quer fazer de cada um de nós “uma nova criatura”.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Papa convida à conversão "os que escolheram o caminho do mal e são afiliados às organizações mafiosas"

2015-02-21 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre recebeu, no final da manhã deste sábado, na Sala Paulo VI, cerca de sete mil peregrinos da Diocese de Cassano no Jônio, na região calabresa, no sul da Itália.
Antes da audiência pontifícia, os numerosos peregrinos participaram, sempre na Sala Paulo VI, de uma Santa Missa, celebrada pelo seu bispo, Dom Nuncio Galantino.
Entre os sete mil peregrinos de Cassano no Jônio estavam presentes representantes da “Comunidade Emmanuel”, com alguns Voluntários de Cerignola. Alguns fiéis expuseram ao Papa suas experiências pessoais feitas nos seus respectivos territórios.
Quando o Santo Padre entrou na Sala Paulo VI, os numerosos fiéis e peregrinos da Calábria o saudaram com afeto e alegria, cantando: “Papa Francisco é um de nós”...
Depois da acolhida jubilosa e festiva dos fiéis calabreses, Dom Galantino e o responsável pela “Comunidade Emmanuel” fizeram sua saudação ao Bispo de Roma, em nome dos presentes.
A seguir, o Santo Padre tomou a palavra, dirigindo, inicialmente, uma saudação particular à “Comunidade Emmanuel”, que nasceu pelo desejo de “dar vida com a vida” aos que batiam à sua porta. Aqui, o Santo Padre agradeceu ao seu fundador, Padre Mário Marafioti, e encorajou a comunidade a continuar a acolher o “Cristo sofredor”.
Tal acolhida, acrescentou o Pontífice, é fruto de um estilo de apostolado baseada na oração fervorosa e em intensa vida comunitária. Disso nasceram os Centros de Acolhida e de Escuta, as Casas-família, na Itália e no Exterior, como também as Associações, entre os quais os Voluntários de Cerignola.
Em seu pronunciamento, O Papa Francisco não deixou de recordar a sua visita à Calábria, onde teve a oportunidade de encontrar os presos, os enfermos, o clero, os seminaristas, os anciãos. E o Papa afirmou:
Pude tocar com a mão a fé e a caridade de vocês. Que o Senhor os ajude a caminha sempre unidos, nas paróquias e nas associações, guiados pelo Bispos Galantino e os sacerdotes; os ajude a ser comunidades acolhedoras, levando a Cristo aqueles que não conseguem perceber a sua presença que salva”.
Aqui, o Bispo de Roma recordou o pensamento que sugeriu aos calabrês, quando da sua visita: “Quem ama Jesus, quem ouve e acolhe a sua Palavra e quem responde com sinceridade o chamado do Senhor, jamais pode produzir más obras; o cristão nunca pode violar a dignidade das pessoas, nunca pode cometer gestos de violência contra o irmão e o ambiente. E recordou ainda:
Os gestos exteriores de religiosidade não são suficientes para convencer aqueles que, com maldade e arrogância típica das associações de delinquentes, fazem da ilegalidade o seu estilo de vida. A todos os que escolheram o caminho do mal e são afiliados às organizações mafiosas renovo meu convite à conversão. Abram seus corações ao Senhor. O Senhor os espera e a Igreja os acolhe”.
Por fim, o Papa falou da beleza da terra calabresa, que é um dom de Deus e um patrimônio a ser conservado e transmitido às futuras gerações.
Entre tais belezas daquela terra, o Pontífice citou a “Comunidade Emmanuel”, exemplo de acolhida e de partilha com os mais fracos. Nela, jovens devastados pela droga encontraram o “bom samaritano” para sarar suas feridas. A Igreja reconhece este precioso serviço prestado aos mais necessitados da sociedade.
O Santo padre concluiu seu discurso exortando as comunidade calabresas a serem protagonistas de solidariedade; a não cederam diante dos que semeiam egoísmo, violência e injustiça; a oporem-se à cultura da morte, mas a serem testemunhas do Evangelho da Vida, em um ambiente que apresenta tantas formas de pobreza e induz ao desespero tantos jovens e famílias. (MT)

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Papa aos bispos da Ucrânia: procurai a “paz possível”

2015-02-20 Rádio Vaticana

Ao fim da manhã desta sexta-feira 20 de fevereiro o Papa Francisco recebeu em audiência na Sala Clementina do Vaticano os bispos da Ucrânia em visita “ad limina”. O Papa deu-lhes antes de tudo as boas vindas sublinhando que o Sucessor de Pedro tem sempre acolhido com fraterna amizade os irmãos ucranianos, herdeiros dos santos apóstolos dos Eslavos Cirilo e Metódio, e agora sobretudo consciente dos seus problemas que não são poucos e também dos seus programas pastorais.
Vós vos encontrais, disse o Papa, numa situação de grave conflito, que se está a arrastar por vários meses e continua a ceifar muitas vidas inocentes e a causar grandes sofrimentos a toda a população:
“Estou particularmente próximo de vós com a minha

Papa: o verdadeiro jejum vem do coração

2015-02-20 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – Os cristãos, especialmente na Quaresma, são chamados a viver coerentemente o amor a Deus e o amor ao próximo. Este é um dos trechos da homilia que Francisco pronuncio una Missa celebrada na manhã desta sexta-feira na Casa Santa Marta.
O Papa se inspirou na primeira Leitura extraída do Livro de Isaías, em que o povo se lamenta a Deus por não ouvir seus jejuns. Para o Pontífice, é preciso distinguir entre “o formal e o real”. Ou seja, de que adianta jejuar, não comer carne, e depois brigar ou explorar os funcionários? Eis o motivo pelo qual Jesus condenou os fariseus, porque faziam “tantas observações exteriores, mas sem a verdade do coração”.
O amor a Deus e ao homem estão unidos
O jejum que Jesus quer, ao invés, é o que desfaz as cadeias injustas, liberta oprimidos, veste quem está nu, faz justiça. “Este é o verdadeiro jejum – reiterou o Papa – o jejum que não é somente exterior, uma lei externa, mas deve vir do coração”:
“E nas tábuas da lei há o preceito em relação a Deus, em relação ao próximo e os dois estão juntos. Eu não posso dizer: “Mas, não, eu cumpro os primeiros três mandamentos... e os outros mais ou menos”. Não, se não cumpre estes, não pode cumprir aqueles, e se cumpre este, deve cumprir aquele. Estão unidos: o amor a Deus e o amor ao próximo são uma unidade e se quiser fazer penitência, real e não formal, deve fazê-la diante de Deus e também com o seu irmão, com o próximo”.
Usar Deus para cobrir a injustiça
Pode-se ter tanta fé, prosseguiu, mas – como diz o Apóstolo Tiago – se “não realiza obras, é morta, para que serve?”. Assim, se alguém vai à Missa todos os domingos e comunga, pode-se perguntar: “E como é a sua relação com seus funcionários? Os paga de maneira irregular? Dá a eles um salário justo? Paga também as taxas para a aposentaria? Para a assistência de saúde?”. 
“Quantos homens e mulheres têm fé mas dividem as tábuas da lei: ‘Sim, eu faço isso... mas você dá esmolas? Sim, sim, sempre mando um cheque para a Igreja. Ah, então tá... Mas na tua Igreja, na tua casa, com quem depende de você (filhos, avós, funcionários), você é generoso, é justo? Não se pode fazer ofertas à Igrejas e pelas costas, ser injusto com seus funcionários. Este é um pecado gravíssimo: usar Deus para cobrir a injustiça”. 
“E isto – retomou o Papa – é aquilo que o profeta Isaias, em nome do Senhor, nos explica”: “Não é um bom cristão quem não faz justiça com as pessoas que dependem dele”. E não é um bom cristão aquele que não se despoja de algo necessário para dar ao próximo, que precisa”.
O caminho da Quaresma é “este, é duplo: a Deus e ao próximo. É real, não simplesmente formal. Não é somente deixar de comer carne sexta-feira, fazer alguma coisinha e depois, deixar aumentar o egoísmo, a exploração do próximo, a ignorância dos pobres”.
“Alguns – contou o Papa – quando precisam se curar vão ao hospital, e por ter um plano de saúde, obtém a consulta rápido. “É uma coisa boa – comentou Francisco – agradeça ao Senhor. Mas, diga-me, você pensou naqueles que não têm esta facilidade e quando vão ao hospital devem esperar 6, 7, 8 horas para uma coisa urgente”. 
Na Quaresma, abramos espaço no coração para quem errou 
E existe quem, aqui em Roma, que pensa nisso na Quaresma “O que posso fazer pelas crianças, pelos idosos que não têm possibilidade de ter uma consulta com um médico?; que esperam horas e horas e depois têm que voltar uma semana depois?”. 
“Como será a tua Quaresma?, pergunta Francisco. “Graças a Deus tenho uma família que cumpre os mandamentos, não temos problemas...”. Mas nesta Quaresma – pergunta o Papa – em seu coração existe ainda lugar para quem não cumpriu os mandamentos? Que cometeram erros e estão encarcerados?”.
“Mas eu, com aquela gente não... Mas você não está preso: se não está no cárcere é porque o Senhor te ajudou a não cair. Em seu coração os presos têm um lugar? Você reza por eles, para que o Senhor lhes ajude a mudar de vida? Acompanha, Senhor, o nosso caminho quaresma, para que a observância exterior corresponda a uma profunda renovação espiritual. Assim rezamos; que o Senhor nos dê esta graça”. 

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Papa: "Pedir o dom das lágrimas para uma conversão sem hipocrisia"

2015-02-18 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – Na tarde desta Quarta-feira de Cinzas, dia de início da Quaresma, realizou-se uma assembleia de oração na forma das “Estações” romanas (Statio), presidida pelo Papa Francisco. A cerimônia teve início às 16h30 na Igreja de Santo Anselmo no Aventino, com um momento de oração, seguido pela procissão penitencial até a Basílica de Santa Sabina. Participaram Cardeais, Arcebispos, Bispos, Monges Beneditinos de Santo Anselmo, os Padres Dominicanos de Santa Sabina e alguns fiéis. Ao final da procissão, o Santo Padre presidiu a celebração da Eucaristia com o rito da bênção e imposição das cinzas.
A Quaresma é o “tempo em que buscamos unir-nos mais estreitamente ao Senhor Jesus Cristo para partilhar o mistério de sua paixão e da sua ressurreição”, disse o Pontífice no início de sua homilia, explicando a seguir o significado da insistência do Profeta Joel sobre a conversão interior, “Voltai para mim com todo o coração”:
“Significa tomar o caminho de uma conversão não superficial e transitória, mas sim um itinerário espiritual que concerne ao lugar mais íntimo da nossa pessoa. De fato, o coração é a sede de nossos sentimentos, o centro em que amadurecem as nossas escolhas, as nossas atitudes”.
O Papa exortou então, "especialmente a nós sacerdotes", a pedir neste início de Quaresma o dom das lágrimas, “de modo a tornar a nossa oração e o nosso caminho de conversão sempre mais autêntico e sem hipocrisia”. "Nos fará bem perguntarmo-nos: "Eu choro? O Papa chora? Os bispos choram? Os consagrados choram? Os sacerdotes choram? O choro está nas nossas orações?". Justamente esta, disse Francisco, é a mensagem do Evangelho do dia.
A este propósito, o Papa observa que Jesus, no Evangelho de Mateus, relê as três obras de piedade previstas pela lei mosaica: a esmola, a oração e o jejum. "As distingue, o fato externo do fato interno daquele chorar do coração". E recordou:
“Ao longo do tempo, estas prescrições foram atingidas pela ferrugem do formalismo exterior, ou até mesmo se transformaram num sinal de superioridade social. Jesus evidencia uma tentação comum nestas três obras, que se pode resumir justamente na hipocrisia: “Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles... Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, como fazem os hipócritas... Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar de pé, para serem vistos pelos homens... E quando jejuardes, não fiqueis com o rosto triste como os hipócritas. Os hipócritas não sabem chorar, esqueceram como se chora, não pedem o dom das lágrimas”.
Jesus – disse o Papa – nos convida a realizarmos as boas obras “sem nenhuma ostentação e confiarmos unicamente na recompensa do Pai ‘que vê o que está no oculto”, pois quando se faz algo de bom, "quase instintivamente nasce em nós o desejo de ser estimados e admirados por esta boa ação, para obter satisfação".
E o Senhor jamais se cansa de ter misericórdia de nós, nos oferecendo continuamente o seu perdão e o convite para voltarmos a Ele "com um coração novo, purificado do mal, purificado pelas lágrimas, para tomar parte da sua alegria". Mas este esforço de conversão “não é somente uma obra humana, mas é possível graças à misericórdia do Pai”, que sacrificou seu próprio Filho. “Com esta consciência – disse o Pontífice – iniciamos confiantes e alegres o itininerário quaresmal. Que Maria Mãe Imaculada sem pecado auxilie o nosso combate espiritual contra o pecado, nos acompanhe neste momento favorável, a fim de que possamos cantar juntos a exultação da vitória no dia da Páscoa”.
E como sinal do querer deixar-se reconciliar com Deus, à exceção das lágrimas no escondido, em público cumpriremos o gesto da imposição das cinzas na cabeça:
“Ambas as fórmulas constituem um chamado à verdade da existência humana: somos criaturas limitadas, pecadores sempre necessitados de penitência e de conversão. Como é importante ouvir e acolher tal chamado neste nosso tempo! O convite à conversão é então um impulso a voltar, como fez o filho da parábola, para os braços de Deus, Pai carinhoso e misericordioso, a confiar n’Ele e a confiar-se a Ele”. (JE/RL)

Papa: feliz é o homem que confia em Deus

2015-02-19 Rádio Vaticana

Cidade do Vaticano (RV) – Em cada circunstância da vida, o cristão deve escolher Deus: foi o que disse o Papa ao comentar as leituras do dia durante a Missa matutina celebrada na Casa Santa Marta. 
No centro da liturgia e da reflexão de Francisco, está um trecho da Bíblia em que Deus diz a Moisés: “Eis que hoje estou colocando diante de ti a vida e a felicidade, a morte e a infelicidade. Ouves os mandamentos de Javé, teu Deus, que hoje te ordeno, de andar em seus caminhos”.
Servidores dos deuses que não contam
A escolha de Moisés, afirmou Francisco, é aquela que o cristão deve fazer todos os dias. E é uma escolha difícil. “É mais fácil – reconheceu – viver deixando-se levar pela inércia da vida, pelas situações, pelos hábitos.” No fundo, é mais fácil se tornar o servidor de “outros deuses”:
“Escolher entre Deus e os outros deuses, que não têm o poder de nos dar nada, somente pequenas coisas que passam. E não é fácil escolher, nós temos sempre este hábito de ir onde as pessoas vão, como todos fazem. Como todos. Todos e ninguém. E hoje a Igreja nos diz: ‘Mas, pare! Pare e escolha. É um bom conselho. E hoje nos fará bem parar e, durante o dia, pensar um pouco: como é o meu estilo de vida? Por quais caminhos eu ando?”.
E com esta pergunta, prosseguiu Francisco, escavar mais profundamente e perguntar-se também qual é a minha relação com Deus, com Jesus. A relação com os pais, os irmãos, a mulher e o marido, os filhos. E aqui o Papa comenta o Evangelho do dia, quando Jesus explica aos discípulos que um homem “que ganha o mundo inteiro, mas se perde e arruína a si mesmo” não obtém qualquer “vantagem”:
Monumento aos fracassados
“Um caminho errado é o de procurar sempre o próprio sucesso, os próprios bens, sem pensar no Senhor e sem pensar na família. Estas duas questões: como é a minha relação com Deus, e como é a minha relação com a família. Uma pessoa pode ganhar tudo, mas no final, se tornar um fracassado. Fracassar. Aquela vida é uma falência. ‘Fizeram-lhe um monumento, pintaram um quadro para ele...’. Mas fracassou, não soube escolher direito entre a vida e a morte”. 
Não escolhemos sozinhos
Vamos nos perguntar, insiste Papa Francisco, qual é a ‘velocidade da minha vida’, se ‘reflito sobre as coisas que faço’; e peçamos a graça de ter ‘a pequena coragem’ necessária para escolher, cada vez. Pode nos ajudar o ‘conselho tão bonito’ do Salmo 1:
“Feliz é o homem que confia no Senhor”. Quando o Senhor nos dá este conselho ‘Pára decide, decide’, Ele não nos deixa sozinhos. Está conosco e quer nos ajudar. Temos somente que confiar, ter confiança Nele. ‘Feliz o homem que confia no Senhor’. Hoje, quando nós paramos para pensar nestas coisas e tomar decisões, escolher, sabemos que o Senhor está conosco, ao nosso lado para nos ajudar. Nunca nos deixa ir sozinhos, jamais. Está sempre conosco, inclusive no momento das decisões”. 
(BF/CM)

(from Vatican Radio)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Audiência: ser irmãos é escola de liberdade e de paz


Quarta-feira de Cinzas, 18 de fevereiro, na Audiência Geral o Papa Francisco propôs uma catequese sobre os irmãos:
“Irmão, irmã são palavras que o cristianismo ama muito. E, graças à experiência familiar, são palavras que todas as culturas e todas as épocas compreendem.”
O Santo Padre prosseguindo com a catequese sobre a família, recordou, antes de mais, o exemplo bíblico negativo de Caim e Abel e convidou-nos a pensar nos irmãos e irmãs afirmando que “a educação para a abertura aos outros a partir do vínculo de fraternidade entre os filhos do mesmo tronco familiar é a grande escola de liberdade e de paz.”
Nem sempre se pensa nesta dimensão – continuou o Papa Francisco – mas é precisamente a família que introduz a fraternidade no mundo: partindo desta primeira experiência, o estilo da fraternidade irradia como uma promessa para toda a sociedade e para as relações entre os povos.
“Ter um irmão ou uma irmã que gosta de ti, é uma experiência forte, impagável, insubstituível.”
O Santo Padre sublinhou ainda como deve ser grande o grau de ligação entre os homens, até muito diferentes entre si, quando um chega a dizer do outro: “Para mim, é como um irmão ou como uma irmã!” A bênção que Deus, em Jesus Cristo, conferiu a este laço da fraternidade, dilatou-o de forma inimaginável, fazendo-o capaz de ultrapassar toda e qualquer diferença de nação, língua, cultura e até religião – afirmou o Papa – que considerou que, assim como sucede na família onde todos os cuidados vão para os mais pequeninos ou doentes, assim na sociedade nos devem enternecer os mais pequenos, os mais frágeis e os mais pobres, seguindo a palavra e o exemplo de Jesus quando nos diz que são nossos irmãos.
O Papa Francisco saudou também os peregrinos de língua portuguesa:
“Caros peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! A todos vos saúdo, especialmente aos fiéis de Nogueiró e aos estudantes e professores do Agrupamento de Escolas de Viseu, encorajando-vos a apostar em ideais grandes, ideais de serviço que engrandecem o coração e tornam fecundos os vossos talentos. Confiai em Deus, como a Virgem Maria! De bom grado abençoo a vós e aos vossos entes queridos.”
No final da audiência o Papa Francisco lançou um apelo à oração pelos irmãos egípcios mortos nos últimos dias na Líbia:
“Gostaria de convidar ainda a rezar pelos nossos irmãos egípcios que, há três dias atrás, foram mortos na Líbia pelo simples facto de serem cristãos. O Senhor os acolha na sua casa e dê conforto às suas famílias e às suas comunidades. Rezemos pela paz no Médio Oriente e no Norte de África, recordando todos os defuntos, os feridos e os refugiados. Possa a Comunidade Internacional encontrar soluções pacíficas à difícil situação na Líbia.”
O Papa Francisco a todos deu a sua bênção! (RS)
Fonte: 2015-02-18 Rádio Vaticana - http://www.news.va/

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Quanto vale o seu click?

 





Recentemente eu publiquei na minha página Amor Pela Fotografia essa pergunta. 
Obtive vários tipos de respostas desde “O sorriso do cliente” até “Quanto me pagarem, pois estou sem dinheiro”. Mas e aí, quanto vale?
É muito engraçado por que acham que hoje na era digital tudo é de graça. O fotógrafo não paga pra revelar, não compra filme, a câmera não vai pilha.... Mas pra mim está muito mais caro. Pense que você fotografa um evento de 3 horas, e escolhe 100 fotos para entregar. O tempo que você passa editando 100 fotos,o valor de um programa de edição original (lembre-se que pirataria é crime hehehe), desgaste do seu equipamento (obturador, flash,lente...) e quando o cliente pede pra você imprimir algumas das melhores fotos (lógico que ele não vai pagar seu deslocamento).Calcule quantas horas isso deu no total. Quanto você cobrou por 3 horas? Afinal, para o seu cliente foi apenas isso que você trabalhou, o resto ele não vê, então não contabiliza no valor.
Além disso, lembre-se do tempo e do valor que foi cada curso, workshop, faculdade, palestra... que você assistiu, pois foi graças a isso que você tem um olhar mais refinado que o dele. Antes de cobrar veja certinho “ tim-tim por tim-tim” o que ele vai querer receber, e não tenha medo de falar o seu preço. 
O seu olhar não tem preço.