domingo, 29 de março de 2015

Missa de Ramos

Domingo de Ramos, Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Jardim Igapó.















































terça-feira, 24 de março de 2015

O pior desastre aéreo em Londrina

O aeroporto de Londrina registra poucos acidentes envolvendo aeronaves comerciais. Os três mais graves envolveram aeronaves da VASP. O primeiro ocorreu em 13 de dezembro de 1950, quando um DC-3 da empresa, o PP-SPT, saiu da pista durante a decolagem, atingiu uma casa de comércio que ficava nas imediações e pegou fogo, matando três pessoas no solo. O segundo ocorreu durante um vôo de treinamento em 08 de março de 1964, com o SAAB Scandia matriculado PP-SQY, idêntico à aeronave da foto abaixo, que fez um pouso muito duro, resultando em danos estruturais graves que causaram a perda total da aeronave, mas sem vítimas.
O terceiro, e pior acidente, envolveu outro DC-3, o PP-SPP. Essa aeronave decolou do Aeroporto de Londrina às 18:33 de 14 de setembro de 1969, com destino ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Cumpria uma rota que vinha de Campo Grande, escalava em Londrina e ia para São Paulo. Na foto abaixo, o PP-SPP no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte.
A aeronave tinha a bordo, no voo para São Paulo, 20 pessoas, sendo 6 tripulantes e 14 passageiros.

A decolagem ocorreu sem problemas, no final da tarde. Cerca de 50 minutos depois, o motor esquerdo começou a apresentar problemas, e os pilotos resolveram cortá-lo e embandeirar a hélice. Como já era noite, não seria possível pousar em Ourinhos, o aeroporto mais próximo, mas que não possuía balizamento noturno. Como Congonhas estava ainda distante, o comandante resolveu voltar para Londrina.

As rádios de Londrina ficaram sabendo do ocorrido, e noticiaram ao vivo o sobrevoo monomotor que o DC-3 fez sobre a cidade antes de pousar.

Quando o comandante finalmente decidiu pelo pouso, aproximou-se para a cabeceira 12, mas entrou alto e veloz, devido à redução de arrasto provocada pela hélice embandeirada.

Naquela época a pista do Aeroporto de Londrina possuía 1600 metros, e tinha um cafezal além de sua cabeceira 30.

O avião acabou tocando no solo no último terço da pista, e o comandante, vendo que a aeronave iria varar a pista, resolveu arremeter monomotor, um erro fatal, pois a velocidade já estava abaixo da VMC - Velocidade Mínima de Controle Monomotor, de 88 MPH.

Ao aplicar potência no motor direito, a aeronave saiu do solo, mas guinou fortemente para a esquerda, ainda que o leme estivesse todo aplicado para o lado contrário.

O avião entrou em atitude anormal, e acabou batendo com o solo quase de dorso, no antigo Horto Florestal de Londrina, local utilizado como viveiro de árvores pela Prefeitura Municipal, hoje jardim Monterrey, cerca de 1100 metros de distância da pista. O choque ocorreu às 20:33, exatamente duas horas após a decolagem.

A aeronave pegou fogo imediatamente, e nenhum dos 20 ocupantes sobreviveu. Um comissário de voo sobreviveu, mas acabou falecendo mais tarde no hospital. Se o piloto tivesse mantido a aeronave no solo no pouso e varado a pista, talvez os danos fossem bem menores, mas infelizmente se tornou a pior tragédia aérea ocorrida em Londrina.

sexta-feira, 13 de março de 2015

Papa Francisco: não existe nenhum pecado que Deus não possa perdoar

2015-03-13 Rádio Vaticana


A Confissão não deve ser uma tortura ou um interrogatório pesado, mas um encontro libertador que manifesta a misericórdia infinita de Deus – disse o Papa Francisco aos participantes no Curso sobre o foro interno promovido em Roma pelo Tribunal da Penitenciaria para ajudar os novos sacerdotes a administrar correctamente o Sacramento da Reconciliação. O Papa recordou entre aplausos dos presentes o 57° aniversário da sua entrada na vida religiosa.
No seu discurso o Papa começou por reafirmar a importância do sacramento da Reconciliação, aquele que torna presente com especial eficácia o rosto misericordioso de Deus, fá-lo concreto e manifesta-o continuamente, sem parar, tendo sublinhado:
“Não esqueçamos nunca, tanto como penitentes que como confessores: não existe pecado algum que Deus não possa perdoar! Nenhum! Só o que é subtraído à divina misericórdia não pode ser perdoado, como quem se subtrai do sol não pode ser iluminado nem aquecido”.
À luz deste maravilhoso dom de Deus o Papa Francisco quis em seguida salientar três exigências: viver o sacramento como meio para educar à misericórdia; deixar-se educar por aquilo que celebramos; e manter o olhar sobrenatural.
Viver o sacramento como meio para educar à misericórdia – explicou o Papa - significa ajudar os nossos irmãos a fazer experiência de paz e compreensão humana e cristã, reiterando que a Confissão não deve ser uma "tortura", mas que todos deveriam deixar o confessionário com a felicidade no coração, com o rosto radiante de esperança, embora por vezes também molhado pelas lágrimas da conversão e da alegria que dela deriva.
Quanto à exigência de se deixar educar por aquilo que celebramos, o Papa, dirigindo-se aos confessores, convidou-os a se deixarem educar pelo Sacramento da Reconciliação, pois por vezes acontece de ouvir confissões que nos edificam, irmãos e irmãs que vivem uma autêntica comunhão pessoal e eclesial com o Senhor e um amor sincero para com os irmãos; almas simples, almas de pobres em espírito, que se abandonam totalmente ao Senhor, que confiam na Igreja e, portanto, também no confessor, e acrescentou:
“Quanto podemos aprender da conversão e do arrependimento dos nossos irmãos! Eles nos encorajam a fazer também nós um exame de consciência: eu, sacerdote, amo assim o Senhor, que me fez ministro da sua misericórdia? Eu, confessor, estou dispostos para a mudança, a conversão, como este penitente, ao serviço do qual fui chamado?”
E o Papa continuou dizendo que quando se escutam as confissões sacramentais dos fiéis, deve-se manter  sempre o olhar interior voltado para o Céu, para o sobrenatural. Devemos, antes de tudo, disse o Papa, reavivar em nós a consciência de que ninguém é colocado neste ministério pelo próprio mérito; nem pelas próprias competências teológicas ou jurídicas, nem pela própria característica humana ou psicológica. E sublinhou ainda:
“Todos nós fomos constituídos ministros da reconciliação por pura graça de Deus, gratuitamente e por o amor, ou melhor, precisamente por misericórdia. Somos ministros da misericórdia graças à misericórdia de Deus; nunca devemos perder este olhar sobrenatural, que nos torna realmente humildes, acolhedores e misericordiosos para com cada irmão e irmã que pede para se confessar”.
E é por isso que a Igreja é chamada a "iniciar os seus membros - sacerdotes, religiosos, leigos - na ''arte do acompanhamento", para que todos aprendam sempre a tirar as sandálias diante do terreno sagrado do outro", porque cada fiel penitente que se aproxima do confessionário é "terreno sagrado", que se deve "cultivar" com dedicação, cuidado e atenção pastoral, concluiu o Papa, desejando aos presentes que aproveitem o tempo quaresmal para a conversão pessoal e para se dedicarem generosamente na escuta de confissões para que o povo de Deus chegue purificado  à festa de Páscoa. (BS)
(from Vatican Radio)

Nota da CNBB sobre a realidade atual do Brasil

“Pratica a justiça todos os dias de tua vida e não sigas os caminhos da iniquidade” (Tb 4, 5)
O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília-DF, nos dias 10 a 12 de março de 2015, manifesta sua preocupação diante do delicado momento pelo qual passa o País. O escândalo da corrupção na Petrobras, as recentes medidas de ajuste fiscal adotadas pelo Governo, a crise na relação entre os três Poderes da República e manifestações de insatisfação da população são alguns dos sinais de uma situação crítica que, negada ou mal administrada, poderá enfraquecer o Estado Democrático de Direito, conquistado com muita luta e sofrimento.
Esta situação clama por medidas urgentes. Qualquer resposta, no entanto, que atenda antes ao mercado e aos interesses políticos que às necessidades do povo, especialmente dos mais pobres, nega a ética e desvia-se do caminho da justiça. Cobrar essa resposta é direito da população, desde que se preserve a ordem democrática e se respeitem as instituições da comunidade política.
Diante das suspeitas de corrupção na gestão do patrimônio público, manifestamos nossa firme convicção de que a justiça e a ética requerem uma cuidadosa apuração dos fatos e a responsabilização, perante a lei, de eventuais corruptos e corruptores. Enquanto a moralidade pública for olhada com desprezo ou considerada um empecilho à busca do poder e do dinheiro, estaremos longe de uma solução para a crise vivida no Brasil. A solução passa também pelo fim do fisiologismo político que alimenta a cobiça insaciável de agentes públicos, comprometidos com a manutenção de interesses privados. Urge, ainda, uma profunda reforma política que renove em suas entranhas o sistema político em vigor.
Comuns em épocas de crise, as manifestações são um direito democrático que deve ser assegurado a todos pelo Estado. O que se espera é que sejam pacíficas. “Nada justifica a violência, a destruição do patrimônio público e privado, o desrespeito e a agressão a pessoas e instituições, o cerceamento à liberdade de ir e vir, de pensar e agir diferente, que devem ser repudiados com veemência. Quando isso ocorre, negam-se os valores inerentes às manifestações, instalando-se uma incoerência corrosiva que leva ao seu descrédito” (Nota da CNBB 2013).
Nesta hora delicada e exigente, a CNBB conclama as Instituições e a sociedade brasileira ao diálogo. Na livre manifestação do pensamento, no respeito ao pluralismo e às legítimas diferenças, este momento poderá contribuir para a paz social e o fortalecimento das Instituições Democráticas.
Deus, que acompanha seu povo e o assiste em suas necessidades, abençoe o Brasil e dê a todos força e sabedoria para contribuir para a justiça e a paz. Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, interceda pelo povo brasileiro.
Brasília, 12 de março de 2015
Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida – SP
Presidente da CNBB
Dom José Belisário da Silva, OFM
Arcebispo de São Luis do Maranhão – MA
Vice Presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner, OFM
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

Dois anos com o Papa Francisco – o comentário do P. Lombardi

2015-03-13 Rádio Vaticana

Passaram dois anos, desde a eleição para a Cátedra de Pedro, do Cardeal Jorge Mário Bergoglio. Desde o dia 13 de março que o Papa Francisco a todos conquistou com a sua simplicidade, a sua ternura, a sua espontaneidade. Naquele mês de março de 2013, deu-se uma espécie de “viragem franciscana”.
Em pouco mais de duas semanas o Papa Francisco deixou claro que não trazia apenas um novo estilo mas a frescura do conteúdo do Evangelho: aos cardeais apresentou-lhes três verbos para serem conjugados com a Cruz de Cristo: caminhar, edificar e confessar; num encontro com os jornalistas o Papa Francisco afirmou desejar uma Igreja pobre para os pobres; uma Igreja que seja misericordiosa, como Deus o é, pois perdoa sempre como disse no primeiro Angelus; a isto juntam-se outras afirmações fundamentais do seu programa de governo: o poder é serviço, viver na esperança, pastores que tenham o cheiro das ovelhas.
Em 18 dias do mês de março de 2013, o Papa Francisco deixava claras as suas intenções de reforma e renovação centrando tudo no Evangelho. E tudo começou com uma atitude cheia de conteúdo: A oração do povo pelo Santo Padre pedindo a bênção de Deus. Recordemos esse momento:
“E agora eu gostaria de dar a bênção, mas antes… antes peço-vos um favor: antes de o bispo abençoar o povo, peço-vos que rezeis ao Senhor para que Ele me abençoe: a oração do povo que pede a bênção para o seu bispo. Façamos em silêncio esta oração de vós por mim”. (13 de Março 2013)
Uma das pessoas que mais de perto tem vivido com o Papa Francisco nestes dois anos é o padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé e também diretor geral da Rádio Vaticano. Em entrevista ao nosso colega do programa italiano, Roberto Piermarini, o padre Lombardi apresentou as três imagens que lhe ficaram impressas na mente durante estes dois anos:
“A primeira é o abraço a três junto ao Muro das Lamentações em Jerusalém com o rabino e com o líder muçulmano. Portanto, um momento simbólico fundamental do diálogo e da paz na viagem do Papa à Terra Santa, num ponto absolutamente crucial para a paz no mundo.”
 “Uma segunda imagem que ficou impressa em todos é quando Papa Francisco, no final da grande cerimónia na catedral ortodoxa em Istambul, em Constantinopla, pede, num certo sentido, a bênção do patriarca e a ele se inclina. Portanto, o momento da fraternidade e do diálogo ecuménico, o grande desejo de unidade dos cristãos.”
 “E depois uma terceira imagem que não é uma imagem mas uma série de imagens, que o próprio Papa evocou muitas vezes durante a grande viagem nas Filipinas: estas multidões de pessoas cheias de afeto, desejosas de ver o Papa, de amá-lo, de manifestar o seu entusiasmo que apresentam as suas crianças. Portanto, este sentido de alegria, de esperança perante o Papa, de um povo que olha o seu futuro com esperança apresentando-lhe as crianças e as novas gerações da Ásia e da humanidade.”
Em 24 meses de pontificado, o Papa Francisco visitou o Brasil, a Terra Santa, a Coreia do Sul, a Albânia, a Turquia, o Sri Lanka, as Filipinas e a cidade francesa de Estrasburgo, onde passou pelo Parlamento Europeu e o Conselho da Europa; realizou também sete viagens em Itália, incluindo uma passagem pela ilha de Lampedusa e uma homenagem no centenário no início da I Guerra Mundial.
Entre os principais documentos do atual pontificado estão a encíclica ‘Lumen Fidei’ (A luz da Fé), que recolhe também reflexões de Bento XVI, e a exortação apostólica ‘Evangelii Gaudium’ (A alegria do Evangelho). O Papa Francisco iniciou ainda um Sínodo sobre a Família, em duas sessões, com consultas alargadas às comunidades católicas: uma sessão extraordinária realizada em outubro do ano passado, e outra ordinária, que vai decorrer neste ano de 2015 de 4 a 25 de outubro. (RS)
(from Vatican Radio)